domingo, 27 de maio de 2012

Minha Tese Sobre o "Cair no Espírito"

Esta tese elaborei como forma de avaliação na matéria de Pneumatologia, do curso Superior de Teologia.
Através de pesquisas, tanto por livros como por artigos na internet, eu criei está pequena tese crítica, que vai contra está falsa doutrina que não encontra nem respaldo bíblico para ser praticado.
Coloquei este título ao postar aqui no blog como forma de critica, já que se trata de mais uma doutrina criada por homens, e não uma verdadeira manifestação do Espírito Santo.
Analisem mais abaixo vocês mesmos a minha tese e tirem suas conclusões.

O "Cair no Espírito": Mais Uma Prática Doutrinária Humana

Os praticantes da manifestação religiosa "cair no Espírito" usam passagens bíblicas que falam de pessoas tornando-se "como morto" (Apocalipse 1: 17), ou caindo sobre o próprio rosto (Ezequiel 1: 28; Daniel 8: 17-18; Daniel 10: 7-9). Mesmo se utilizando dos versículos citados, a manifestação do “cair no Espírito” era rara, e não um evento rotineiro como nas igrejas pentecostais atualmente. Fazendo uma exegese dos textos bíblicos, o termo utilizado na Bíblia é “cair sobre o próprio rosto”, entendendo-se que a queda seria pra frente e não para trás, como normalmente é visto, onde as pessoas são projetadas para trás, muitas vezes pela ação do Pastor que o empurra. Em momento algum também é retratado na Bíblia a ação de outra pessoa neste fenômeno, que atualmente necessita do toque ou movimento dos pastores, o fenômeno ocorria  muitas vezes quando o individuo tinha uma visão. As igrejas praticantes deste fenômeno normalmente são igrejas de pouca formação teológica e que supervalorizam o “místico” e o “sobrenatural”.
Segundo Jonathan Edwards na obra “A Verdadeira Obra do Espírito Santo – Sinais de autenticidade”, qualquer sinal de manifestação externa de natureza humana deve ser analisada e examinada a luz das escrituras, e não somente os impulsos de natureza humana de forma isolada, logo, o fenômeno “cair no Espírito” não encontra respaldos bíblicos para seu conceito, tornando-se apenas um modismo nas igrejas pentecostais atuais.
Muitos alegam que o “cair no Espírito” é quando a pessoa se enche do Espírito Santo, mas tal fato muitas vezes é mostrado apenas como um fenômeno momentâneo, que não edifica nem traz frutos espirituais para o receptor desta manifestação ou para os expectadores, tratando apenas de um espetáculo quase litúrgico e dogmático nas igrejas onde tais farsas são disseminadas.
Não estou negando que o “cair no Espírito” possa ser uma manifestação do Espírito Santo de Deus, em alguns casos, acredito que Deus, agindo de forma inédita, possa sim criar tais fenômenos, porém, como vemos atualmente, este fenômeno se tornou um modismo banal em muitas igrejas que adotaram esta prática, onde seria difícil de acreditar que se trataria de uma manifestação de Deus, que transbordaria nosso ser com o seu Espírito Santo para glorificar o Seu nome em nossas vidas. Também alego que o agir de Deus, de forma inédita, seria aceitável em testemunhos, e não como práticas religiosas, fazendo acreditar mais ainda que estás práticas são simplesmente um modismo em determinadas igrejas.
Finalizo a minha tese com a alegação do Pastor e Escritor Ciro Zibordi, que pondera dizendo que “Não se pode limitar o poder de Deus. Claro que ele pode derrubar uma pessoa, mas isso não pode ser uma condição para a manifestação do Espírito Santo”.